quarta-feira, 17 de maio de 2017

Resenha | Sobre Conversas Sem Respostas...




E hoje nós vamos falar de “Os Dois Mundos de Astrid Jones” (“Ask The Passengers” nome original que eu, particularmente, prefiro), lançado pela Editora Gutenberg em 2015, obra de Amy Sarig King, que assina como A. S. King, por muito tempo escreveu textos que pretendiam ajudar os adolescentes a entender melhor os adultos e vice e versa, tentava definir seus escritos em alguma categoria, para assim descobrir em qual gênero se encaixava e essa busca a levou ao mercado de jovens adultos. Suas obras foram indicadas a vários prêmios importantes da literatura.

A história gira em torno de Astrid Jones, adolescente de 17 anos, moradora de uma cidadezinha pequena, que está em busca de sua identidade. Sua sexualidade é ponto chave dessa indagação. Jones que ao se mudar para essa cidade se vê em um lugar onde todos vivem de aparência e buscam a perfeição, não se ajustou a essa realidade e se encontra cercada de pessoas intolerantes. Nesse ambiente ela não se sente à vontade com ninguém para compartilhar seus pensamentos mais íntimos, que com certeza, não se encaixam com os padrões que a rodeiam. Com isso, se pega sozinha deitada na velha mesa de piquenique para refletir sobre a vida e quando passa um avião, ela se sente trocando confidências com os passageiros (já que eles não podem julgá-la)… E transmitindo amor, que acredita que um dia voltará para ela, como uma onda.

Nessa trama, Astrid entende que de fato cada um tem seu comportamento, pensa o quanto deve respeitar as escolhas alheias, mas ninguém parece fazer o mesmo por ela. E ainda vai mais a fundo, acaba percebendo que tem coisas que não são questão de escolhas, e sim de descobertas. O fato de não saber ainda sobre si, a deixa insegura por conta de quanto as pessoas que a cercam estão presas em seus preconceitos. 

No decorrer da história você percebe que duas pessoas podem estar sofrendo a mesma coisa sem que seja pelo mesmo motivo, você percebe como essa conexão de sentimentos são fortes, e gentileza e compaixão ao próximo são importantes, sendo para com um desconhecido ou com alguém próximo a você. Isso passa ao leitor de uma forma muito direta, quando Astrid deitada na mesa do seu quintal olhando os aviões, a autora descreve a história de um dos passageiros daquele vôo com as mesmas aflições de Jones, mas em um enredo completamente diferente.


Acredito que essa é uma obra importante para o universo LGBTQ, mas é ainda mais fundamental para jovens que não aceitam esse meio, ou como eu, que apesar de respeitar imensamente, encarava que tudo poderia ser apenas uma questão de escolha.

A palavra certa é empatia, com isso podemos entender Astrid e o mundo ao nosso redor…

Vai, você tem que ler isso.


Para ler:


Os Dois Mundos de Astrid Jones:
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